segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Carta pra mim.

Você sabe dessa minha mania de escrever cartas. Esse "você" nem existe. Esse "você" sou eu te inventando pra me sentir menos sozinha.

Quando eu começo a digitar qualquer beiradinha de texto, eu fico olhando para os lados e repetindo tudo o que eu escrevo em voz alta e continuo olhando para os lados tentando encontrar uma resposta para tudo o que eu escrevo. Eu não encontro nada e continuo escrevendo.

Meus olhos ficam cansados, entre-abertos, como se eu estivesse com febre ou doente de alguma coisa que ninguém sabe o que é.

Quando eu penso muito em alguma coisa acabo achando que é tudo paranoia da minha cabeça e percebo que estou delirando de tanto martelar na mesma ideia. Respiro e paro, paro de pensar. Deixo de pensar e começo a relaxar, a me distrair com tudo ao redor. E adivinha? Dá certo.

Dá certo até um certo ponto. E depois começo a martelar de novo na mesma ideia (Irritantes e infinitas vezes)

Apagar? Não! Eu deixo esse sentimento que eu desconheço rolar dentro de mim. Ele rola tanto que eu já me acostumei com a sua presença. Quando ele para de rolar eu acho que tem alguma coisa errada. Espera aí, aonde é que você foi? Você tá doente? Você cansou de rolar aqui dentro de mim? Volta pra cá. Vamos rolar juntos. Vem me confundir, me tirar o sono, me acordar no meio da madrugada. Calma aí. Você já cansou? É tão fácil assim desistir? Eu não sei ai, mas aqui continua rolando... Irritantes e infinitas vezes.

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