segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Carta pra ninguém.

Faço longas cartas pra ninguém.


Hoje eu estava na cozinha, olhei o calendário e perguntei: Dia 20 é feriado? Como se eu quisesse me teletransportar até você... No fim do dia quando eu encosto a cabeça no sofá, descanso o corpo na cama e lembro de tudo o que aconteceu no dia.


Eu realmente tenho medo de ser sincera, eu brinco com as palavras, coloco uma máscara e finjo que nada acontece aqui dentro. Eu tenho medo de parecer boba. Eu me sinto vulnerável e frágil.


Eu tenho quatro sentimentos grandiosos dentro de mim. 


1. Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. 

2. Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. 

3. Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
4. Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.


Ao acordar penso em você, acho estranho. Vou dormir pensando em você, acho esquisito. Eu não sinto vontade de te ver. Eu não sinto vontade de te ter. Eu não sinto vontade de você. Eu sinto vontade de ter você bem longe de mim. Se você é tão insignificante na minha vida.. porque está sempre tão presente nos meus pensamentos? 

 

 Eu desejei que você mudasse, mudasse pra bem longe de mim. Eu desejei que você mudasse para o Japão. É longe o suficiente? Eu teria certeza que eu nunca mais o veria. Eu odeio o Japão. Eu nunca iria ao Japão. Do Japão eu só quero os Japoneses, e você não é Japonês.

 

Eu não consigo... me aproximar de você. Eu simplesmente sinto angustia e uma vontade incontrolável de sair correndo quando eu te vejo. O que é isso? Você entende? Quando me distancio de você, eu fico pensando em você. Eu fico falando sozinha comigo mesma: Cadê ele? Pra onde ele foi? Quando ele vai voltar? E quando você volta, eu desejo que você vá embora. 

 

Interior do meu Interior.


 











Um comentário: