quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Louca do Ano Novo/Natal.

 Pediram para eu atualizar o Blog e aqui estou. Eu atualizo quando alguém pede, porque geralmente eu esqueço da existência dele. 

 Ano novo, vida nova? Besteira! Cometemos as mesmas gafes do ano anterior! Eu pelo menos nunca acerto... Ano após ano fazendo promessas em vão e juras sem sentido. Nada muda, nada altera, nada evolui. A única coisa que muda é a idade, cada dia mais velha, careca e barriguda. 

Não comi lentilha, não pulei as 7 ondinhas e não usei calcinha nova. (Ou usei?) Não lembro. Foi tudo tão rápido, efemero, fugaz.


Eu posso afirmar que o ano começou de ponta cabeça. Diferente de todos os anos que eu tive até hoje. Tudo bem que nenhum é igual ao outro, mas esse ano é especial. Eu sei que é especial porque eu vou me foder muito daqui pra frente! No bom e no mal sentido. (Se é que existe um bom sentido nisso)


Eu era a louca do Ano Novo. Mas esse ano foi diferente. Eu também já fui a louca do Natal. O natal me deprimia, me fazia voltar no tempo, imaginar, flutuar, brigar, chorar, relembrar, enlouquecer e jogar toda a culpa no Papai Noel. 


Quando criança eu sentava no colo do Papai Noel e chorava, chorava e chorava... E minha mãe tirava fotos, fotos e mais fotos... Então todas as fotos que eu tenho com o Papai Noel eu estou chorando as pintangas no colo dele. 


Eu acordava sabendo que era natal e reclama por uma eternidade até a hora de sair de casa e ir na casa da minha avó passar o natal com toda a minha família (Família: que na época era grande, reunida e simplesmente linda) - Bons tempos... Não sei exatamente do que eu reclamava, mas eu adorava reclamar. 

Eu não sei porque, mas em todos os natais e em todos os meus aniversários eu chorava. Eu ficava extremamente sensível e qualquer coisa era motivo pra chororô. Eu queria que tudo fosse perfeito e quando algo dava errado: Eu chorava. Eu era realmente muito chorona. Chorava por tudo. Chorava se minha mãe me deixava sozinha, chorava se meu pai e minha mãe saíam juntos para jantar fora, chorava se não me levavam, chorava se não falavam comigo, chorava pra comer, chorava quando perdia jogando vídeo game, chorava pra sair, chorava pra ir pra aula e chorava até quando não tinha motivo pra chorar.


Hoje o natal não me deprime mais. O natal hoje é só o natal. Antes o natal também era só o natal, só que com mais pessoas especiais e presentes. 

Nunca me dei bem com datas comemorativas por acha-las importantes demais. Eu dou tanto valor a elas que se alguma coisa sai errado eu me desmancho inteira. Eu quero que tudo saia perfeito e fique do jeito que eu sonhei. Mas nem sempre as coisas acontecem como desejamos.

Esse ano o Natal e o Ano Novo foram tranquilos. Sem muita adrenalina ou expectativa. Eu já fui com a fé no bolso de que o Natal e o Ano Novo não seriam uma grande surpresa.


Que bom tudo ocorreu tranquilamente. Dessa vez eu não dramatizei a cena e nem tive que sentar no colo do Papai Noel, porque não tinha Papai Noel. Olha que alívio!





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